photo C. Hélie/Gallimard |
Quando terminámos as entrevistas para o livro “As Mulheres normais têm qualquer coisa de excepcional”, no final de 2009, Leonor Baldaque, actriz de Manuel de Oliveira, acabara de filmar A Religiosa Portuguesa e levava uma vida simples em Roma, lendo Ovídio e outros clássicos e dedicando-se à escrita. O resultado da sua inquietude cultural surge agora a público: Vita (La Vie Légère), o seu primeiro romance, foi editado pela prestigiada Gallimard e foi lançado em França a 19 de Janeiro.
Vita é a história enigmática de Paul, Vita e Millicent , três primos sem família, que se encontram sozinhos numa casa isolada, próxima de um rio e do mar. Escreveu Le Nouvel Observateur (de 2 a 8 de Fevereiro de 2012): “as palavras de Leonor Baldaque têm uma musicalidade singular, quase hipnótica (percebe-se os ecos de Nathalie Sarraute). Ela abre ao leitor as portas de um mundo estranho, sensual e onírico onde a vida parece ligeira. Mesmo que se sinta, por vezes, que o exercício é um pouco forçado, esta deslocação encanta”.
O livro foi escrito directamente em francês: “Em francês digo o que sinto com as palavras certas. É a língua da liberdade de expressão, das luzes, da idade adulta, em que aprendi a ser eu própria. Foi uma língua que me libertou ”, explicou Leonor Baldaque durante as conversas que tivemos.
Leonor está também de parabéns por, no final de Dezembro de 2011, ter sido distinguida na IV edição do Prémio de Actores de Cinema da Fundação CGA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas, Intérpretes ou Executantes) 2010, na categoria “Melhor actriz Principal”, pelo seu papel em A Religiosa Portuguesa, do realizador Eugène Green.
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